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O uso das tecnologias no ensino da química

A Química é considerada pelos alunos uma disciplina de difícil compreensão

A Química é considerada pelos alunos uma disciplina de difícil compreensão, gerando déficit de aprendizagem. Diante dessa realidade este artigo tem o objetivo de refletir sobre a importância da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) nessa disciplina, e verificar que estas ferramentas são utilizadas para auxiliar o processo de ensino-aprendizagem e ajudar a uma melhor compreensão das aulas de Química no Ensino Médio. As tecnologias do conhecimento, os instrumentos e os mecanismos que permitem transformar os aspectos da realidade em objetos de estudo, constituem um componente-chave nesta nova situação. Vale ressaltar que as TIC’s funcionam como um recurso na inserção de um novo método de ensino, despertando no aluno o interesse dos assuntos abordados, muitas vezes em sala de aula e ajudam a conduzir o processo de ensino aprendizagem na direção de melhorias e avanços. Sua utilização deve ser planejada pelo professor, no que se refere à correta orientação para a utilização das ferramentas disponíveis e garantir as (TIC’s) coerência nas estratégias de ensino empregadas e aproveitar seu potencial para facilitar o aprendizado e tornar as informações mais acessíveis aos discentes. Para a fundamentação teórica do presente trabalho realizou-se um estudo bibliográfico em sites confiáveis de pesquisa e consultaram-se autores que abordam o assunto como Lima (2011), Libaneo (1998), Peixoto (2012), Balbinot (2005) e outros.

Palavras-chave: Ensino de Química. Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s); Ensino - aprendizagem. Alunos. .

ABSTRACT

Chemistry is considered a discipline by students elusive, generating learning disabilities. Given this reality this article aims to reflect on the importance of the use of Information Technology and Communication (ICT) in this discipline, and verify that these tools are used to assist the process of teaching and learning and help a better understanding of classes Chemistry in High School. Knowledge technologies, instruments and mechanisms to transform aspects of reality into objects of study, are a key component in this new situation. It is noteworthy that ICTs serve as a resource in the insertion of a new teaching method, arousing student interest in the matters raised, often in the classroom and help drive the process of teaching and learning towards improvements and advances. Its use should be planned by the teacher, with regard to the correct orientation for the use of the tools available and guarantee (ICT) coherence in strategies employed teaching and harness its potential to facilitate learning and make information more accessible to students. For the theoretical foundation of this work was carried out a bibliographic study on reliable research sites and have consulted authors who address the issue of Lima (2011), Libaneo (1998), Peixoto (2012), Balbinot (2005) and others.

Keywords: Teaching of Chemistry. Information and Communication Technologies (ICT); Teaching - learning. Students. .

INTRODUÇÃO

Este trabalho cujo título é “O uso das tecnologias no ensino da Química” aborda a dificuldade que os alunos têm em relação a essa disciplina. A prova disso é o número elevado de reprovações nas disciplinas da área de ciências exatas, particularmente em química no ensino médio, onde se comprova um alto grau de dificuldade desses alunos em aprender conceitos científicos.

O ensino de Química nas escolas de Ensino Médio atravessa muitas dificuldades, especialmente no que se refere à aceitação dessa disciplina por parte dos alunos, que a consideram de difícil assimilação e, por causa disso, estudam a matéria somente com o intuito de obter aprovação, ou seja, tirar uma nota satisfatória, pois, para a maioria, o importante é conseguir a nota suficiente que o aprove.

São vários os fatores que podem provocar esta condição: a deficiência que os alunos apresentam em decodificar a leitura seja de problemas ou de textos, a ausência de uma base matemática sólida está entre os problemas que mais interferem na aprendizagem de química, pois a maioria dos alunos não consegue compreender o enunciado dos problemas e tem dificuldades em desencadear uma solução lógica pela pouca compreensão de como usar o cálculo matemático.

A preocupação do professor no Ensino das Ciências, sempre foi transmitir ao aluno conceitos e informações sem contextualização e preocupação com a realidade dos educandos, tornando o conteúdo um emaranhado de informações sem sentido para ele, o que remete uma necessidade de o professor transmitir as informações propostas, buscando sempre aliar o conhecimento prévio do aluno e a realidade em que ele vive. Somente quando o aluno vê significado no que está estudando é que ele consegue compreender e produzir o conhecimento.

Nessa realidade encontra-se o Ensino de Química, onde muitos professores limitam suas atividades, levando os alunos a apenas decorar e resolver fórmulas e mais fórmulas. É preciso que eles procurem inovar em suas metodologias preparando aulas significativas com o uso das TIC’S, e acompanhem o avanço tecnológico, para que haja uma aprendizagem real e efetiva.

Dessa forma, o professor necessita trabalhar a reconstrução de conhecimentos, envolvendo a pesquisa e o ensino de forma indissociável, para que possa ressignificar o Ensino de Química.

Marco Teórico

O USO DAS TIC’S NO ENSINO DE QUÍMICA.

TIC’s, como é chamada a Tecnologia de Informação e Comunicação é um conjunto de recursos tecnológicos que podem proporcionar comunicação e/ou automação de diversos tipos de processos em diversas áreas e principalmente no ensino e na pesquisa. Essa tecnologia é usada para juntar, disponibilizar e compartilhar as informações em site de Web, na informática em forma de hardware e software, entre outras tecnologias (PEIXOTO, 2012, p. 156).

As TIC’s criaram novos espaços de construção do conhecimento. Agora, além da escola também a residência, a empresa e o espaço social tornaram-se educativos. As Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC’s têm proporcionado inúmeras transformações na sociedade e o acesso às informações disponibilizadas por elas vem atingindo os espaços sociais numa dimensão quase sem limites.

Os meios de comunicação e, principalmente, a Internet estão alterando as relações entre as pessoas, cujos reflexos atingem os mais diferentes setores da sociedade e consequentemente, atuam sobre as práticas dos profissionais da educação.

Essas transformações desafiam os meios educacionais a buscarem novas perspectivas para enfrentar este novo milênio. Não podemos ignorar os avanços tecnológicos, pois os computadores, a Internet e a transmissão por satélites já fazem parte da realidade de todos.

Partindo desse pressuposto, faz-se necessário a busca de um novo olhar para as relações entre a educação e as TIC’s, abrindo possibilidades para o professor deixar de ser a única fonte de informação e criar oportunidades para o aluno participar de forma mais ativa do processo ensino-aprendizagem.

Nas palavras de Santos (2006), o uso das (TIC`s), no espaço escolar faz ressignificar o conceito de conhecimento. É através das ferramentas tecnológicas, e a partir de mediações atuantes que as potencialidades se afloram.

Os recursos tecnológicos, especialmente o computador, não pode ser visto apenas como mais um dos maiores veículos de transmissão de informações, mas como poderosa ferramenta pedagógica, uma vez que sua utilização possibilita ao professor usar desde procedimentos de problematização, observação, registro, documentação e até formulação de hipóteses.

O computador trouxe inovação na vida em sociedade e hoje já não vivemos sem ele. De acordo com Vicinguera (2002), o computador é um meio para tornar as aulas de químicas mais interessantes. Nessa disciplina geralmente os alunos têm muita dificuldade de assimilar os conteúdos e com o uso do computador através de softwares de simulação de atividades práticas é possível explorar através dessa ferramenta os conhecimentos transmitidos e os seus cotidianos.

Conforme Asarai e Moura (2004, apud SACRAMENTO E MUNHÓZ, 2009 p. 2) evidenciam que:

Embora a tecnologia desempenhe um papel essencial na estrutura escolar, o foco central não é a máquina em si, mas a mente do educando, as condições que ele terá

para raciocinar, utilizando-se da máquina. O seu uso na escola poderá proporcionar

o desenvolvimento do potencial intelectual, estimulando a criatividade, aquisição de

habilidades e novos conhecimentos de forma integrada e prática. O uso da TIC’s nos

permite utilizar variados recursos para organizar a aprendizagem e fazer com que o

conteúdo se torne mais dinâmico e permita que o aluno apreenda ou transponha aquele conhecimento que adquiriu em aula.

Dessa forma, constata-se que o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação quando utilizadas de maneira correta, traz para a sala de aula possibilidades inovadoras. Através da diversificação das metodologias o professor desperta a motivação dos alunos pelas aulas e pelos conteúdos, enriquecendo o processo de ensino e aprendizagem.

Segundo Balbinot (2005) a escola deve ser mais ousada, inovadora e prazerosa, para que o aluno construa seus saberes, com alegria e prazer, possibilitando a criatividade e o pensar criticamente.

O acesso as TIC’s trouxeram novas formas de falar, de viver, se comunicar, de trabalhar e se organizar socialmente, alterando as ações humanas, a forma de entender a realidade e de pensar, logo, consequentemente, surgiram novas formas de trabalhar atividades ligadas à educação.

Finalmente e como complemento do ponto anterior o surgimento de novas tecnologias tais como a videoconferência e a Internet, estão mais divulgadas e permitem uma globalização do conhecimento.

AS TIC’S COMO SUBSÍDIO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DA QUÍMICA

É comum ouvirmos falar que a Química faz parte da nossa vida e que ela está presente em tudo o que fazemos. Daí a importância de se contextualizar o ensino dessa disciplina, levando o aluno a compreender e vivenciar a química não só na sala de aula, mas em seu cotidiano, haja vista que percebemos que o Ensino de Química no Ensino Médio continua afastado da realidade do aluno. O currículo é conteudista, a metodologia enfatiza memorização de fórmulas, conceitos, classificação, regras, cálculos repetitivos que parecem só servir para o vestibular, como tão bem enfatiza Schnetzler e Aragão (1995, p.27):

“O ensino de química ainda hoje, continua sendo uma prática de ensino encaminhada quase exclusivamente para a retenção, por parte do aluno, de enormes quantidades de informações passivas, com o propósito de que essas sejam memorizadas, evocadas e devolvidas nos mesmos termos em que foram apresentadas na hora dos exames, através de provas, testes, exercícios mecânicos repetitivos”.

A química é uma ciência que está fortemente associado à vida, sendo uma ciência responsável pelo aumento da expectativa do homem moderno em que o reconhecimento chega ao meio educacional (LIMA, 2011, p.132).

Para que a tecnologia seja a favor da química e o aprendizado seja efetivado com sucesso, tem-se que agir com objetividade, pois não adianta introduzir a tecnologia se não se tem um planejamento.

De acordo com Lima,

Hoje, a química que nos circunda tem seus fundamentos negligenciados ao ser, ensinada na escola, porquanto, não raras vezes, é trabalhada superficialmente, desconsiderando-se toda a sua abrangência. Porém, se sua implantação for planejada, pode propiciar um conjunto de práticas preestabelecidas que têm o propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva (2011, p. 133-134)

Deste modo, o uso apropriado da tecnologia para o ensino de química tem que propiciar ao aluno uma visão mais ampla do assunto estudado e que possibilite uma melhor compreensão, não deixando de lado a realidade do aluno. Assim, o conhecimento mediado pela tecnologia pode ajudar o aluno a transformar as informações em seu próprio senso comum.

As características das tecnologias de informação e comunicação e os processos para integrá-las no ensino foram relacionados com a ideia de que sua presença deve ser interpretada como sinônimo de qualidade educativa. Esta vinculação se apoia na capacidade potencial destas tecnologias para gerar novos ambientes de aprendizagem, adaptados às características e aos níveis das pessoas em formação. É evidente que a presença e o uso educativo destas tecnologias não significam, por si mesmos, uma garantia de qualidade.

Com o crescimento dos recursos tecnológicos, novas situações de aprendizagem têm sido concebidas a partir de estratégias de trabalho que outrora não seriam sequer imaginadas. A Internet e a Web são as mídias que mais crescem no mundo e podem ser usadas como recurso que responde positivamente a essa necessidade de mudança, por meio delas, o aluno tem acesso à informação e pode adquirir autonomia na forma de pesquisar.

O uso das TIC’s no ensino das diversas áreas do conhecimento é visto como um potencial catalisador que pode reativar a empolgação de professores e alunos pelo ensino e aprendizagem.

BARBOSA et al (2004) destacam que atualmente, é inevitável a associação do termo tecnologia de informação com a informática, rede de computadores, Internet, multimídia, banco de dados e outros recursos oferecidos pelo computador. Todas as demais tecnologias (telefone, rádio, TV, vídeo, áudio, etc.), que antes eram utilizadas separadamente, hoje podem ser utilizadas integradas através do computador e seus periféricos – câmaras de vídeo, impressoras, conexão a Internet, leitores e gravadores de discos óticos, sistemas de áudio, estações de rádio e TV acessíveis via Internet, dentre outros.

Torna-se difícil negar a influência das tecnologias da informação e comunicação na configuração do mundo atual, mesmo que esta nem sempre seja positiva para todos os indivíduos e grupos.

O PAPEL DO PROFESSOR DIANTE DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TIC’S

O professor é peça fundamental na utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s), ferramentas que auxiliam na educação, e através delas, o aluno pode ser levado a criar e construir com eficácia, o seu próprio conhecimento, não só na escola, mas no seu cotidiano, oportunizando-lhe a ampliação do seu próprio conhecimento, como um ser político‐social.

Ao se integrar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) com o ensino de química, espera-se uma maior eficiência na aprendizagem desta disciplina, pois, para que isso aconteça é necessária a capacitação e a preparação pedagógica dos professores para saber utilizar essas fontes inovadoras no processo de ensino-aprendizagem.

Conforme Melo (2007), é preciso que o professor tenha formação para o uso da informática, pois tecnologia é algo que se renova e mostra um grau de complexidade já que não tem um padrão a ser seguido e predeterminado.

Com a evolução dos computadores, e consequentemente da tecnologia, a sociedade tem vivido constantemente os impactos desses avanços tecnológicos em seu cotidiano. Não podendo o ensino ficar alheio a essa realidade, o professor tem o principal papel de contribuir para a disseminação das TIC´S no contexto escolar.

Libaneo (1998) considera os tempos atuais, como um tempo de reavaliação do papel dos professores frente às exigências postas pela sociedade informatizada e globalizada. Um novo professor, capaz de ajustar sua didática às novas realidades da sociedade, do conhecimento, do aluno e dos diversos universos culturais.

Dessa forma, os desafios do professor de Química são muitos, pois exige desse, um repensar sobre o fazer pedagógico, sobre a formação e, consequentemente, sobre a forma de elaborar o planejamento, sendo necessário tornar-se aprendiz e não um mero retentor do conhecimento.

Com as novas tecnologias, formas diferenciadas de aprender e realizar o trabalho pedagógico também são necessárias e, torna-se fundamental, formar continuamente o professor para dar conta de vencer os desafios postos pelas novas TIC’s, que são ainda maiores, pois subjacente à prática docente, estão não somente as exigências ligadas à formação do professor, mas também, aquelas inerentes à disciplina como conhecimento científico.

CONCLUSÃO

Ensinar na e com a Internet atinge resultados significativos quando ela está integrada em um contexto estrutural de mudança do ensino-aprendizagem, onde professores e alunos vivenciam processos de comunicação abertos, de participação interpessoal e grupal efetivos.

O ensino da Química precisa ser visto pelos professores como um processo que necessita de várias etapas e entre elas, é útil incluir a experimentação como fator imprescindível para o entendimento desta ciência, pois foi através da experimentação que ela se sistematizou, como observado através da origem do método científico e sua aplicação na educação.

A disciplina de Química é, especialmente, um desafio para o professor, dadas as dificuldades encontradas por eles, mesmo que a química se encontre contextualizada no cotidiano das pessoas e dos alunos.

A função do ensino de química deve ser a de desenvolver a capacidade de tomada de decisão, o que implica a necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está inserido.

As TIC’s, pelas suas características inovadoras, podem oportunizar, facilitar e estimular mudanças no processo tradicional de ensino, centrado no professor e na transmissão de conteúdos. Dessa forma, esperam-se valorizar processos de ensino-aprendizagem que buscam centrar as ações no aluno na construção e reconstrução de conceitos, consequentemente exigindo dos professores e alunos novas posturas

O impacto do uso de novas Tecnologias de Comunicação e de Informação (TIC’s) pode provocar mudanças verdadeiramente revolucionárias no contexto educacional e propiciar o rompimento com modelos tradicionais de ensinar e aprender, pois não basta o aluno instruir-se e lidar com as informações; é necessário selecioná-las, agrupá-las, reordená-las, pois o fluxo de informação é muito grande e tende a crescer cada vez mais.

O professor deve incentivar o aluno a opinar, debater e questionar sobre os resultados que vão sendo encontrados. É importante saber filtrar e estruturar o material de apoio à educação disponível na Internet, pois só assim o processo de aprendizagem será satisfatório.

Para conseguir tal objetivo, podem contar com o auxílio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) integradas ao Ensino de Química que possibilitarão resultados surpreendentes, haja vista que a maioria dos adolescentes e jovens tem sido influenciados por recursos que a tecnologia proporciona nos dias atuais, como a televisão, computador, Internet, softwares de jogos, vídeos, CD-ROM, hipermídia, ferramentas como o Chat, grupos ou lista de discussão, fórum, teleconferência, correio eletrônico e outros recursos de linguagens audiovisuais, que podem colaborar significativamente para tornar o processo de educação mais eficiente e eficaz.

REFERÊNCIAS

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Vicinguera M. L. F.2002. O uso do computador auxiliando no ensino de química. Florianópolis, 2002. Dissertação de mestrado. – Mestrado em Engenharia da Produção da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Br.